História

 Na década de 60 do século passado nasceu a BIP, uma micro empresa de carácter familiar que, ocupando um nicho do mercado completamente caduco e ultrapassado, criou um produto inovador e que, pela sua qualidade de fabrico e apresentação, conquistou a simpatia e a preferência dos consumidores. Trata-se do balão de subir, mais conhecido pelo “balão de S. João” muito familiar na cidade do Porto mas também noutras cidades em que aquele Santo é festejado.

Partindo de um desenho aerodinâmico, associado à criteriosa escolha de materiais, bem como a combinação de cores e formatos, rapidamente o balão BIP se impôs pela sua facilidade de lançamento e eficácia de desempenho.

Fomos pioneiros na introdução da mecha seca combustível que, depois de inflamada, aquece o balão e provoca a sua ascensão, destronando o arcaico processo de mecha preparada com desperdícios de algodão e embebida em petróleo que, para além de pouco prática e exequível, colocava em perigo o ambiente, nomeadamente no que se refere ao risco de incêndios. Deste modo, ficou assegurado que o balão cai quando a mecha se encontra completamente consumida, salvo os casos em que ele esbarra em qualquer obstáculo imprevisível, como cabos de electricidade, copas de árvores, varandas de prédios, podendo provocar o seu incendiamento e a sua destruição, controlando-se adequadamente os possíveis perigos ou danos que poderia provocar. Introduzimos a costura/colagem mecânica dos gomos do balão que antes era efectuada de modo imperfeito e manualmente, melhorando de modo significativo quer a beleza e acabamento, quer a eficácia e resistência da mesma.

Perseguindo sempre o objectivo da satisfação total do cliente, apostamos constantemente na melhoria da marca, tanto nos processos de fabrico, como no apertado controlo de qualidade. Assim, podemos garantir ao consumidor um produto fiável e de inteira confiança.

Os balões BIP, após a sua aparição no mercado nacional, foram alvo de imitações, algumas delas com algum sucesso, mas que ficaram sempre aquém das expectativas do consumidor, por se verificar que a sua eficácia se colocava num patamar inferior de desempenho, pela ignorância total do processo de fabrico, pela escolha de materiais de qualidade menor e pela incompleta perfeição final.

Hoje, quem conhece a marca BIP não procura outro produto, a não ser que não o encontre. Reconhecendo dificuldade em responder às enormes solicitações do mercado comercial, a BIP insiste em impor-se como referência de marca de confiança e em alargar o seu domínio na praça portuguesa, apostando no aumento de produção sempre atenta ao conceito de qualidade e perfeição.

Actualmente, os balões BIP, para além da festejada noite de S. João, são muito apreciados em todo o tipo de eventos: aniversários, festas de empresas, fins de ano, celebrações de todo o género, festejos em praias… Nos anos 80, por iniciativa de um programa da Rádio Renascença, foram oferecidos aos seus ouvintes centenas de balões que os deitaram no antigo campo do Lima 5, após o lançamento de um balão gigante, confeccionado de encomenda e em exclusivo para o evento e que media mais de seis metros de altura e oito de perímetro. Este acontecimento foi notícia no extinto jornal “O 1.º de Janeiro”, na sua edição de 24 de Junho de 1982, com o título “Balão de S. João, o fogo dos pobres”. Foi um momento alto da afirmação da marca BIP e, para muitos dos que estiveram presentes naquele local, uma recordação indelével de um acontecimento único dos festejos sanjoaninos: a ascensão das centenas de balões, todos lançados naquele espaço e naqueles momentos, formaram no céu do Porto uma autêntica constelação de estrelas que muito contribuiu para abrilhantar esta noite única da cidade.

Este post tem 5 comentários

  1. Fabio Magahães

    Temos que lutar pelo balão junino com fogo também, mas são estes de festa junina de no máximo 1,5 mts

    1. sabrio

      Oi Fábio,

      Nosso projeto em Brasília ja contempla o balão junino até 2 m, logo teremos uma reunião com o dep. Hugo Leal para definirmos a extratégia.

  2. Fabio Magahães

    Isso mesmo, sempre que tenho oportunidade eu falo bem da SAB p/ outras pessoas ( baloeiros ou não).

  3. manoel meirinho

    muito bem. o divertimento esta ai, ver subir, apagar e descer planando em algum lugar. mas no meu modo de ver, será preciso iniciar junto aos baloeiros, uma campanha de conscientizaçao, principalmente junto àqueles que insistem em quebrar records, tentar regulamentar tamanho e lugar especifico para os maiores,é um trabalho arduo, educativo, mas que sem isso haverá sempre impecilhos, náo é facil muito em funçao da educaçao moral. mas nada impossivel. outra coisa eziste aqui em sao paulo uma entidade que nos defenda junto às autoridas tal qual a SAB esta fazendo?

  4. manoel meirinho

    espero que se consiga a regulamentaçao do junino. mas acredito na necessidade da conscientizaçao junto aos baloeiros principalmente com aqueles que insistem em quebrar records, talvez para os maiores regulamentar tamanho, lugar, carga, enfim algo que os torne mais seguros, é um trabalho arduo, principalmente pela falta de educaçao moral, (respeito para com os outros que nao pensam como nós) mas não é impossivel. outra coisa eziste aqui em sao paulo uma entidade que nos defenda tal qual a SAB esta fazendo?

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